Friday, November 30, 2012

Portuguese Palaces



Stamps
First Day Covers with stamps
Brochure
  PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA (AJUDA NATIONAL PALACE)
Built during the 1st half of the nineteenth century, the Palácio Nacional da Ajuda (Ajuda National Palace) was the official residence of the monarchy since the reign of King Louis I (1861-1889) until 1910, when the Republic was installed in Portugal. The King's marriage with Maria Pia of Savoy (1847-1911) in 1862 was the beginning of a new life for this palace. Open to the public as a museum in 1968, its rooms remain true to the time after having undergone restoration works and historical reconstitutions. It holds outstanding collections of jewellry, tapestries, furniture, paintings, sculptures, porcelain, glass, engravings and photography from different sources, especially from the eighteenth and nineteenth centuries, being one of the most important museums of decorative arts in Portugal.

PALÁCIO NACIONAL DA PENA (PENA NATIONAL PALACE)
Standing on top of the mountain of Sintra and fruit of the creative genius of D. Fernando II, the Park and the Palácio Nacional da Pena (Pena National Palace) are the major example, in Portugal, of the Romantic nineteenth century. Built from 1839 around the ruins of a former Hieronimyte monastery, the Palace incorporates, under German influence, Manueline and Moorish architectural references. Around the palace, the King planted, trees species from all over the world, the Park of Pena (85ha), which is the largest arboretum in Portugal.

PALÁCIO NACIONAL DE MAFRA (MAFRA NATIONAL PALACE)
Built at the order of King John V in the 18th century to fulfill a vow of succession, the Palácio Nacional de Mafra (Mafra National Palace) is the most sumptuous Baroque monument in Portugal, including a Basilica, a Royal Palace and a Convent. For this Royal Palace, the King commissioned sculptures and paintings to Italian and Portuguese Masters and, from Flanders, two Carillons with 92 bells - the largest of their time. The Basilica has a rare ensemble of six historic organs. Also worthy of note is the library, a real repository of masterpieces. PALÁCIO NACIONAL DE SINTRA (SINTRA NATIONAL PALACE) Built on a Moorish foundation, the Palácio Nacional de Sintra (Sintra National Palace) was, for eight centuries, a residence of the Portuguese Royal Family. Sole survivor of the royal palaces of the Middle Ages, it has undergone a series of works resulting in its complex configuration. The wall linings of Hispano-Moorish tiles from the 15th and 16th centuries are the most striking decorative feature of the Mudejar taste that characterizes the palace. Inside, it exhibits important collections of decorative arts.

PALÁCIO DE MONSERRATE (MONSERRATE PALACE)
The Palácio de Monserrate (Monserrate Palace) is a unique testimony of the eclecticisms of the 19th century. In late 18th century Gerard DeVisme built a house in Gothic Revival-style that he sublet in 1794 to William Beckford. In 1809 the ruins of this house were visited and described by Lord Byron in one of his famous poems. In mid 19th century, Francis Cook purchased the house in ruins and, maintaining its structure, transformed it in an eclectic style that combines Byzantine, Indian and Moorish influences. The gardens include botanical species from around the world, organized by geographical areas along winding paths, amid ruins, nooks, lakes and waterfalls.

PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ (QUELUZ NATIONAL PALACE)
The Palácio Nacional de Queluz (Queluz National Palace) is an outstanding example of 18th century Portuguese architecture. Built in 1747 by D. Pedro, uncle and future husbandof Queen D. Maria I, it became a residence of the royal family since 1777. The staterooms, such as the Throne and the Ambassadors hall, give way to a succession of intimate quarters opening to the gardens, populated with sculptures and fountains, where the Cascade and the Tile Canal stand out.

Palácios Portugueses

Palácio Nacional da Ajuda
Construído durante a primeira metade do século XIX, o Palácio Nacional da Ajuda foi residência oficial da Monarquia desde o reinado de D. Luís I (1861-1889) até 1910, ano da instauração da República. O casamento do rei com D. Maria Pia de Sabóia (1847-1911), em 1862, foi o início de uma nova vida para este Paço. Aberto ao público como Museu em 1968, conserva ainda os aposentos fiéis à época, após aturados trabalhos de restauro e reconstituições históricas. Reúne notáveis coleções de ourivesaria, tapeçaria, mobiliário, pintura, escultura, porcelana, vidro, gravura e fotografia de proveniência diversa, sobretudo dos séculos XVIII e XIX, constituindo um dos mais importantes museus de artes decorativas de Portugal.

Palácio Nacional da PENA
Implantado no topo da serra de Sintra e fruto do génio criativo de D. Fernando II, o Parque e o Palácio da Pena são o expoente máximo, em Portugal, do Romantismo do século XIX. Construído a partir de 1839 em torno das ruínas de um antigo Mosteiro Jerónimo, o Palácio incorpora, sob influência germânica, referências arquitetónicas manuelinas e mouriscas. Em redor do Palácio, o Rei plantou, com espécies vindas de todo o mundo, o Parque da Pena (85ha) que é o mais importante arboreto existente em Portugal.

Palácio Nacional de mafra
Mandado construir por D. João V no século XVIII para cumprir um voto de sucessão, o Palácio de Mafra é o maior monumento barroco em Portugal, integrando uma Basílica, um Paço Real e um Convento. Para a Real Obra, o rei encomendou escultura e pintura a mestres portugueses e italianos e, na Flandres, dois carrilhões com 92 sinos — os maiores naquele tempo. A Basílica tem um raro conjunto de seis órgãos históricos. De destacar ainda a Biblioteca, verdadeiro repositório de obras-primas.

Palácio Nacional de Sintra
Com fundação árabe, o «Paço de Sintra» foi, por oito séculos, residência da Família Real Portuguesa. Único sobrevivente dos paços reais da Idade Média, sofreu várias campanhas de obras de que resulta a sua complexa configuração atual. Os revestimentos de azulejos hispano-mouriscos dos séculos XV e XVI, são o traço decorativo mais marcante do gosto mudéjar que o caracteriza. No seu interior, exibem-se importantes coleções de artes decorativas.

Palácio de monserrate
O Palácio de Monserrate constitui um testemunho ímpar
dos ecletismos de Oitocentos. No fim do século XVIII Gerard DeVisme construiu uma casa em estilo neogótico que, em 1794, subarrendou a William Beckford. Já em ruínas, foi visitado em 1809, e descrito num famoso poema, por Lord Byron. Em meados do século XIX, Francis Cook adquiriu a casa em ruínas e, mantendo a sua estrutura, transformou-a com um estilo eclético, que combina influências bizantinas, indiana e mouriscas. Os jardins incluem espécies botânicas de todo o Mundo, organizadas por áreas geográficas ao longo de caminhos sinuosos, por entre ruínas, recantos, lagos e cascatas.

Palácio Nacional de queluz
O Palácio Nacional de Queluz é o mais notável exemplo da arquitetura portuguesa setecentista. Mandado construir em 1747 por D. Pedro, tio e, mais tarde, marido da Rainha D. Maria I, foi residência da família real desde 1777. Aos espaços de aparato, como as Salas do Trono e dos Embaixadores, sucedem-se aposentos intimistas, que se prolongam para os Jardins povoados de esculturas, lagos animados por jogos de água e onde pontua a Cascata e o Canal de Azulejo

Technical Details
Date of Issue: 3 October 2012
Values: stamps of 2x 0,32€, 2x 0,68€ and 2x 0,80€
Designer: Folk Design
Photos:
Credits:
Stamps
€0,32
Palácio Nacional da Ajuda, Sala Azul, foto Henrique Ruas / DDCI / DGPC; vista exterior, foto Luís Pavão / DDCI / DGPC retrato de D. Maria Pia, óleo s/tela, foto Manuel Silveira Ramos / DDCI / DGPC.
€0,32
Palácio Nacional da Pena, Sala Árabe, foto Parques de Sintra Monte da Lua / Emigus; vista exterior, foto Alamy / Fotobanco.
€0,68
Palácio Nacional de Mafra, Biblioteca, foto Luís Pavão / PNM / DGPC;vista aérea, foto Joaquim Oliveira / PNM / DGPC.
€0,68
Palácio Nacional de Sintra, Sala dos Brasões, foto Luís Pavão / PNSintra; vista exterior, foto Luís Pavão / DDCI / DGPC.
€0,80
Palácio de Monserrate, Corredor e vista exterior, fotos Parques de Sintra Monte da Lua / Emigus.
€0,80
Palácio Nacional de Queluz, Sala do Trono e vista exterior, fotos Carlos Pombo / PNQueluz;
Brochure cover: PN Ajuda, foto Maurício Abreu / Fotobanco; PN Mafra, foto Alamy / Fotobanco; P Monserrate, foto Parques de Sintra Monte da Lua / Emigus; PN Pena, foto Alamy / Fotobanco; PN Queluz,fotos Carlos Pombo / PNQueluz; PN Sintra, foto Luís Pavão / DDCI / DGPC
Ackowledgements: Direção-Geral do Património Cultural / Divisão de Documentação, Comunicação e Informática, Palácio Nacional da Ajuda, Palácio Nacional de Mafra, Parques de Sintra Monte da Lua.
Printer: INCM
Process: 4 Colors
Size: 30,6 x 80,0 mm
Perforation: Cross of Christ 13 x 13
Paper: FSC 110 g/m2
Watermark:
Sheet: with 25 stamps

Friday, November 16, 2012

LATVIA – Cover from Riga, Latvia to Braga, Portugal



Postcard of the Riga’s Marathon
First day cover of the ‘The Place Where Stories Are Born’ stamp issue posted on January, 27 2012.
(Special thanks to my best friend Juris Tarvids)

Wednesday, November 14, 2012

CYPRUS – Postcard from Nicosia, Cyprus to Braga, Portugal

 
Postcard posted on October, 18 2011.
(Special thanks to my best friend Sini Linnanmäki)

Monday, November 12, 2012

Flavors of Air and Fire

Set of stamps
Souvenir sheet
First Day Cover with stamps
First Day Cover with souvenir sheet
Stamps brochure
  Speaking of traditional Portuguese sausage is the same as evoking the "master pig piggy bank for the poor and his professor of anatomy ', which is king of this area of ​​knowledge - Bisaro Center and North of Alentejo breed in South. From painstaking creation of the pig result in overwhelming the wonderful tradition of the centuries was investigating in our villages, tempered by the hardships of life (the need to surrender and take advantage of everything), developed with imagination and skill and finally passed from generation to generation, grandmothers and mothers to daughters and granddaughters.
Make a survey - even if necessarily limited - the products of excellence Portuguese traditional sausage (smoked or air-dried) is a work immeasurably.
Minho to the Algarve, passing the Azores, there are many sausages and hams high quality refined some of them hundreds of years of practice and all indelibly linked to the traditions of our people. In choosing the products that originated these postage stamps (divided by two sets to better encompass so vast field) were advised by José Quitério, master of culinary criticism in Portugal and Fatima Moura, writer and blogger expert on these topics.
The photographic survey, all performed locally, is Mario Cerdeira.

Editor's Introduction
The Minho
The Minho is all green and how he Torga said, "The green eats the rest of the rainbow ... (...) wine is green, the juice is green ...". And add that in Ponte de Lima onion until sausage is called 'green'. In Melgaço, pig Bisaro breaks down in sublime hams, also heirs of the tradition of mountainous areas of Fiães and Castro Laboreiro, which are long-lived up to its reputation.

Chouriça onion Ponte de Lima
Form: horseshoe;
Color: very dark, black;
Ingredients: blood, couracha, chopped onion, green red wine, white wine vinegar, parsley, paprika and chili pepper, salt and cumin (optional) smoked;
By cutting: semi-soft dough closely linked by blood with very dark brown dotted by the couracha; Proof: slightly spicy flavor and slightly smoked, feeling the texture of couracha.


Ham Melgaço
Source: pig crossed with this Bisaro or 50%;
Shape: Long and elongated, with outer rind and conserving podal end;
Ingredients: pork shovel, salt (powdered chili pepper and olive oil, for protection); salted and smoked;
By cutting: red or pink and bright with moderate fat creamy white;
Proof: very slight smoke flavor and slightly salty, with characteristic tang of acidity; fat very tasty;
Processing area: county of Melgaço.

Tras-os-Montes
It is in Tras-os-Montes that the tradition of sausages is more alive, not only by the know-how of the people, but also by the very special role that the pig has the economy of this region. Take the sausages out of the circle of survival and knew transformers through the family business and industry, with products that meet superbly the sense of taste.

Alheira Mirandela
Form: horseshoe;
Color: orange-brown;
Ingredients: pork, poultry, beef, etc.., Garlic, bread, olive oil, lard, salt, parsley, paprika and chilli sweet and spicy, smoked;
By cutting: folder does more or less homogeneous brownish or yellowish, seeing the meat shreds;
Proof: flavor and texture predominantly aliáceo that alternates between soft bread and meat shreds of resistance; usually has slightly spicy aftertaste.

Sausage meat or sausage Vinhais
Source: Bisaro pig or crossed with this at 50%;
Form: horseshoe;
Color: dark red, punctuated by white fat;
Ingredients: meat (sirloin, tenderloin, neck, flank, fat and trimmings), wine, water, salt, garlic, paprika and bay leaves and spicy;
By cutting: checkered red meat and fat bright, good link mass;
Proof: what stands out is the characteristic smoky flavor of the sausage and winey this region;
Processing area: not confined to the municipality of Bragança, also being produced in the Customs Faith, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Torre de Moncorvo and Vila Flor.

Salpicão of Vinhais IGP
Source: Bisaro pig or crossed with this at 50%;
Shape: straight and cylindrical (hog casing);
Color: red-brown;
Ingredients: Beef sirloin and tenderloin, salt, red or white wine of the region, water, garlic, paprika, bay leaf and oregano (optional) smoked;
By cutting: reddish color in various shades, being visible the various pieces of meat well connected;
Proof: taste that might be described as 'mountain', since it dominates the aroma of smoke and wood, permeated by the wine;
Processing area: counties of Customs of the Faith, Bragança, Carrazeda of Ansiães, Macedo de Cavaleiros, n Mirandela, Tower Moncorvo, Vila Flor and Vinhais.

Moura de Vila Real moira or the hot syrup
Form: horseshoe;
Color: very dark, almost black;
Ingredients: blood, pork (belly, lard, head and shoulder), rind, bread, garlic, bay leaves, nsalsa, salt, local wine, paprika, pepper, smoked;
By cutting: pasty and soft texture of bread permeated with shredded beef;
Proof: extremely mild flavor due to the absence of the usual presence of cumin and bread.

Sausage meat Barroso-PGI Montalegre
Source: pigs;
Form: horseshoe;
Color: reddish to brown, punctuated by white fat;
Ingredients: beef blade, neck muscles, possibly sirloin and other scraps from cutting, especially its wine, ripe red and white, water, garlic, salt, paprika and spicy, smoked;
By cutting: red meat and fat bright, good link mass;
Proof: what stands out is the flavor aliáceo and some smoke;
Processing area: Montalegre county.

Ham Barroso IGP
Source: pigs;
Form: trimmed with rounded shape without feet;
Ingredients: pork shovel, salt, salted and smoked;
By cutting: red meat, between the red and tan, and pearly white fat;
Proof: the smoke flavor and less tender texture with increasing curing time; tendency to be eaten still a little green and cut into chunks;
Production Area: Municipalities of Boticas, Chaves and Montalegre. It encompasses the area of ​​production of ham Chaves, almost all originating from this region;
Processing area: only municipality Montalegre. Vinhais ham or ham Bísaro of Vinhais IGP
Source: pig crossed with this Bisaro or 50%;
Form: elongated with the end foodpad (chispe);
Ingredients: pork shovel, salt, salted and smoked;
By cutting: various shades of pink to red, with visible fat infiltrated;
Proof: the smoke flavor and texture somewhat fibrous; fat with good flavor;
Processing area: Bragança district.

Borders
Borders Anichada on a spur of the Serra da Estrela, Guarda is the highest of Portuguese cities. No wonder this region of very cold Borders, sentinel naturally fortified to face Spain, has kept alive as the know-how of sausages, smoked with densely forested slopes of these woods.

Morcela from Guarda
Shape: horseshoe with smooth texture;
Color: dark brown;
Ingredients: blood and melted pork fat, bread, onion, garlic, salt, parsley, minced, paprika and chilli crushed, cooked and lightly smoked;
By cutting: not cohesive mass that melts when sliced;
Proof: underscores the cumin flavor and texture soft but firm.

Sausage meat from Guarda
Form: horseshoe;
Color: ox blood;
Ingredients: noble pig meat (except the tenderloin) garlic, salt, paprika and chili crushed,
local wine and / or water; smoked;
By cutting: reddish brown the meat, very cohesive mass and little fat, carved whole lot;
Proof: very slightly smoky flavor and a spicy to taste, texture slightly tough.

Texts of Fatima Moura
Coordination of Joseph Quitério

Sabores do Ar e do Fogo
Falar de salsicharia tradicional portuguesa é o mesmo que evocar o «senhor porco, mealheiro do pobre e seu professor de anatomia», que é rei desta área de conhecimento – bísaro no Centro e Norte, de raça alentejana no Sul. Da criação esmerada do suíno resultam em esmagadora maioria as maravilhas que a tradição de séculos foi apurando nas nossas aldeias, temperadas pelas agruras da vida (a necessidade de fazer render e de tudo aproveitar), desenvolvidas com imaginação e perícia e finalmente passadas de geração em geração, de avós e mães para netas e filhas.
Fazer um levantamento – mesmo que necessariamente limitado – dos produtos de excelência da salsicharia tradicional lusa (fumados ou secos ao ar) é um trabalho desmesurado.
Do Minho ao Algarve, passando pelos Açores, são inúmeros os enchidos e presuntos de grande qualidade alguns deles refinados por centenas de anos de prática e todos ligados indelevelmente às tradições do nosso povo. Na escolha dos produtos que originaram estes selos de correio (divididos por duas séries para melhor abarcar matéria tão vasta) fomos assessorados por José Quitério, mestre da crítica gastronómica em Portugal, e por Fátima Moura, escritora e blogger perita nestes temas.
O levantamento fotográfico, todo realizado localmente, é de Mário Cerdeira.

Introdução do Editor
O Minho
O Minho é todo ele verde e como dizia Torga, «O verde come o resto do arco-íris… (…) o vinho é verde, o caldo é verde…». E acrescente-se que em Ponte de Lima até a chouriça de cebola é chamada «de verde». Em Melgaço, o porco bísaro desfaz-se em sublimes presuntos, também herdeiros da tradição das zonas montanhosas de Fiães e de Castro Laboreiro, que fazem jus à sua longeva fama.

Chouriça de cebola de Ponte de Lima
Forma: ferradura;
Cor: muito escura, negra;
Ingredientes: sangue, couracha, cebola picada, vinho verde tinto, vinagre de vinho branco, salsa picada, colorau doce e picante, sal e cominhos (opcional); fumada;
Ao corte: massa semi-mole muito ligada pelo sangue com cor muito escura pontilhada pelo acastanhado da couracha; À prova: sabor levemente picante e pouco fumado, sentindo-se a textura da couracha.


Presunto de Melgaço
Origem: porco bísaro ou cruzado com este a 50%;
Forma: comprida e alongada, com courato externo e conservando a extremidade podal;
Ingredientes: pá de porco, sal (azeite e colorau picante, para proteção); salgado e fumado;
Ao corte: vermelha ou rosada e brilhante, com moderada gordura branco-amarelada;
À prova: sabor a fumo muito ligeiro e pouco salgado, com caraterístico travo de acidez; gordura muito saborosa;
Área de transformação: concelho de Melgaço.

Trás-os-Montes
É em Trás-os-Montes que a tradição dos enchidos está mais viva, não só pelo saber-fazer das gentes, mas também pelo papel muito especial que o porco tem na economia desta região. Aqui os enchidos saíram do círculo da sobrevivência e souberam transformarse, através das empresas familiares e da indústria, em produtos que satisfazem de forma soberba o sentido do gosto.

Alheira de Mirandela
Forma: ferradura;
Cor: castanho-alaranjada;
Ingredientes: carnes de porco, aves, caça, vaca, etc., alho, pão, azeite, banha, sal, salsa picada, colorau doce e picante e malagueta; fumada;
Ao corte: pasta não homogénea mais ou menos acastanhada ou amarelada, vendo-se as carnes desfiadas;
À prova: sabor predominantemente aliáceo e textura que alterna entre o macio do pão e a resistência das carnes desfiadas; costuma apresentar fim de boca levemente picante.

Chouriça de carne ou linguiça de Vinhais
Origem: porco bísaro ou cruzado com este a 50%;
Forma: ferradura;
Cor: vermelho escura, pontuada pelo branco da gordura;
Ingredientes: carne (lombo, lombinho, cachaço, entremeada, aparas e gorduras), vinho, água, sal, alho, colorau doce e picante e louro;
Ao corte: axadrezado de vermelho da carne e de branco brilhante da gordura, boa ligação da massa;
À prova: o que ressalta é o característico sabor fumado e avinhado dos enchidos desta região;
Área de transformação: não se limita ao concelho de Vinhais, sendo produzido também em Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Torre de Moncorvo e Vila Flor.

Salpicão de Vinhais IGP
Origem: porco bísaro ou cruzado com este a 50%;
Forma: reta e cilíndrica (tripa grossa);
Cor: vermelho-acastanhada;
Ingredientes: carne do lombo e lombinho, sal, vinho tinto ou branco da região, água, alho, colorau, louro e orégãos (opcional); fumado;
Ao corte: cor avermelhada em vários tons, sendo visíveis as várias peças de carne bem ligadas;
Prova: sabor típico que se poderia definir como «de montanha», uma vez que predomina o aroma do fumo e da madeira, permeado pelo do vinho;
Área de transformação: concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros,n Mirandela, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vinhais.

Moura de Vila Real ou moira da calda quente
Forma: ferradura;
Cor: muito escura, quase preta;
Ingredientes: sangue, carne de porco (barriga, toucinho, cabeça e pá), couratos, pão, alho, louro, nsalsa, sal, vinho da região, colorau, pimenta; fumada;
Ao corte: consistência pastosa e macia do pão permeada pela textura da carne desfiada;
À prova: sabor extremamente suave, devido à ausência dos habituais cominhos e da presença do pão.

Chouriça de carne de Barroso -Montalegre IGP
Origem: porcos registados;
Forma: ferradura;
Cor: de avermelhada a castanha, pontuada pelo branco da gordura;
Ingredientes: carne da pá, músculos do pescoço, eventualmente do lombo e de outras aparas da desmancha, nomeadamente da suã, vinho, maduro tinto e branco, água, alho, sal, colorau doce e picante; fumada;
Ao corte: vermelho da carne e branco brilhante da gordura, boa ligação da massa;
À prova: o que ressalta é o sabor aliáceo e algum fumo;
Área de transformação: concelho de Montalegre.

Presunto de Barroso IGP
Origem: porcos registados;
Forma: aparado com forma arredondada sem chispe;
Ingredientes: pá de porco, sal; salgado e fumado;
Ao corte: cor vermelha da carne, entre o avermelhado e o acastanhado, e branco nacarado da gordura;
À prova: sabor a fumo e textura menos tenra à medida que aumenta o tempo de cura; tendência para ser consumido ainda um pouco verde e cortado em nacos;
Área de produção: concelhos de Boticas, Chaves e Montalegre. Engloba a zona de produção do presunto de Chaves, quase todo originário desta região;
Área de transformação: apenas concelho de Montalegre. Presunto de Vinhais ou Presunto Bísaro de Vinhais IGP
Origem: porco bísaro ou cruzado com este a 50%;
Forma: alongada com a extremidade podal (chispe);
Ingredientes: pá de porco, sal; salgado e fumado;
Ao corte: vários tons de rosa a vermelho, sendo visível a gordura infiltrada;
Prova: sabor a fumo e textura pouco fibrosa; gordura com agradável sabor;
Área de transformação: distrito de Bragança.

Beiras
Beiras Anichada num contraforte da serra da Estrela, a Guarda é a mais alta das cidades portuguesas. Não admira que nesta região muito fria das Beiras, sentinela naturalmente fortificada face à Espanha, se tenha conservado tão vivo o saber-fazer dos enchidos, fumados com as madeiras destas encostas densamente florestadas.
Morcela da Guarda
Forma: ferradura com textura lisa;
Cor: castanha escura;
Ingredientes: sangue e gorduras derretidas de porco, pão, cebola, alho, sal, salsa, picada, colorau e malagueta moída; cozida e levemente fumada;
Ao corte: massa coesa que não se desmancha quando cortada em rodelas;
À prova: ressalta o sabor a cominhos e a textura macia mas firme.

Chouriço de carne da Guarda
Forma: ferradura;
Cor: sangue de boi;
Ingredientes: carnes nobres do porco (à exceção do lombo) alho, sal, colorau doce e malagueta moída,
vinho da região e/ou água; fumado;
Ao corte: castanho avermelhado da carne, massa muito coesa e com pouca gordura, talhadas muito inteiras;
À prova: sabor muito levemente fumado e com um fim de gosto picante, textura ligeiramente dura.

Textos de Fátima Moura
Coordenação de José Quitério


Technical Details
Date of Issue: 25 September 2012
Values: stamps of 2x 0,32€, 2x 0,47€, 0,57€, 2x 0,68€ and 0,80€
Designer: AF Atelier
Photos: Mário Cerdeira
Credits: Extract in text Miguel Torga, Portugal, Lisboa
Publications D. Quixote, 7th ed. 2007
Brochure cover: Solar de Calheiros, Ponte de Lima
Ackowledgements: Fátima Moura, José Quitério,
Herdeira de Miguel Torga,
Sociedade Portuguesa de Autores
Printer: INCM
Process: Offset
Size:
Stamps: 40 x 30,6 mm
Souvenir sheet: 125 x 95 mm
Perforation: Cross of Christ 13 x 13
Paper: FSC 110 g/m2
Watermark:
Sheet: with 50 stamps
Souvenir sheet: two souvenir sheets with three stamps (2,40€)